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Simon Pegg se surpreende com atualidade de “Missão: Impossível” ao abordar inteligência artificial

No mais recente filme da franquia “Missão: Impossível”, o ator britânico Simon Pegg atua ao lado de Tom Cruise enfrentando uma superinteligência artificial. Para ele, o uso crescente dessas tecnologias no mundo real é, ao mesmo tempo, fascinante e perigoso.

Pegg, de 55 anos, interpreta Benji Dunn, um talentoso hacker e especialista em tecnologia, conhecido por feitos como desativar sistemas de segurança do Kremlin e impedir explosões nucleares. Em Missão: Impossível – The Final Reckoning, possivelmente o último filme da saga, seu personagem tem a missão de ajudar Ethan Hunt (Cruise) a neutralizar um software avançado baseado em inteligência artificial, conhecido como “A Entidade”.

Apesar de toda a experiência de seu personagem com tecnologia, o ator admite que não imaginava o quão atual e relevante o enredo do filme se tornaria no momento de seu lançamento.

“A IA não deve substituir os humanos”, alerta o ator

“Jamais poderíamos prever que o filme seria tão profético”, declarou Pegg à agência de notícias dpa. “Quando me falaram pela primeira vez sobre a Entidade, achei que fosse uma ótima ideia, com um toque de ficção científica”, relembrou. “Mas durante as filmagens, a discussão sobre inteligência artificial ganhou proporções enormes. Acho tudo isso muito empolgante.”

O ator também reconhece que a IA pode ser útil no setor audiovisual, mas faz uma advertência: o uso excessivo dessas ferramentas não deve comprometer o valor da criatividade humana. “A IA é como um pincel — ela pode auxiliar, mas não é o artista”, afirmou. Pegg ressaltou que a tecnologia pode contribuir em áreas como efeitos visuais e sonorização, mas que ainda está longe de conseguir escrever um roteiro com qualidade.

“A arte é algo especificamente humano e único”, acrescentou. “Ela não deve ser substituída por máquinas, porque, se isso acontecer, tudo se tornará genérico e sem alma.”

Para Pegg, a tecnologia deve ser usada com responsabilidade e critério, sempre como apoio ao talento humano — e nunca como seu substituto. O alerta do ator reflete uma preocupação cada vez mais presente em diversos setores, inclusive no cinema, onde a IA já começa a provocar debates sobre criatividade, autoria e o futuro do entretenimento.