Thomas Tuchel, técnico do Bayern de Munique, rapidamente trouxe à tona o assunto mais polêmico da noite em sua entrevista após o jogo. O comandante alemão demonstrou clara insatisfação com o gol de empate anulado de Matthijs de Ligt nos últimos minutos, que poderia ter mudado o rumo da semifinal da Liga dos Campeões contra o Real Madrid, alegando que a marcação de impedimento foi prematura.
Sem dúvida, o assistente de linha e o árbitro Szymon Marciniak deveriam ter esperado o desenvolvimento da jogada para que o VAR pudesse verificar tudo adequadamente. Foi um erro claro, e ambos os oficiais se desculparam com Tuchel e os jogadores do Bayern. Contudo, permanecem dúvidas se o apito precoce realmente impediu um gol legítimo. Após o sinal, dois defensores do Real Madrid pararam, permitindo que Thomas Muller avançasse em direção a De Ligt. O goleiro Andriy Lunin também não fez qualquer tentativa de defender o chute de De Ligt uma vez que o apito soou.
Sim, o Bayern foi privado de uma clara chance de gol, mas será que o Real Madrid teria defendido com sucesso toda a oportunidade caso o apito não tivesse soado?
De qualquer forma, essa é uma discussão que certamente ultrapassará o apito final daquela noite de quarta-feira.
Oito anos atrás, nesta mesma semana, Joselu permaneceu no banco de reservas do Selhurst Park, sem ser considerado sequer para tentar mudar o resultado para o Stoke, que acabou perdendo por 2-1 para o Crystal Palace.
Ninguém apostaria que o atacante espanhol acabaria por levar o Real Madrid a uma final da Liga dos Campeões com dois gols contra o Bayern de Munique. Mas é assim que funciona o futebol às vezes.
Na verdade, é assim que o Real Madrid opera. O clube espanhol venceu quatro partidas nesta temporada da UEFA Champions League, apesar de ter sofrido o primeiro gol, o maior número desde – adivinhe só – o próprio Real Madrid na temporada de 2016-17.
Joselu se junta a uma longa lista de heróis das viradas do Real. Rodrygo derrubou Chelsea e Manchester City com gols decisivos no caminho para conquistar o título em 2022. Cristiano Ronaldo, em seu auge, usava os jogos de volta da Liga dos Campeões no Santiago Bernabeu como se fossem seus brinquedos.
O Real Madrid recuperou seu mojo na Liga dos Campeões. E será necessário um esforço colossal do Dortmund para detê-los em Wembley, em junho.
