O cinema de animação muitas vezes provoca discussões sobre quais animais são mais astutos, fiéis ou heroicos. Recentemente, o longa-metragem letão “Flow”, indicado a dois Oscars, defendeu de maneira ousada e até polêmica a ideia de que os gatos são mais engenhosos e virtuosos do que os cães. Mas para equilibrar essa balança, chega às telonas “Dog Man”, um filme que resgata o protagonismo dos cães como verdadeiros heróis.
Baseado na popular série de livros infantis de Dav Pilkey, “Dog Man” traz uma história inusitada e cheia de aventura. Seu protagonista era um policial humano, mas, após um acidente explosivo que coloca sua vida e a de seu fiel cachorro em risco, os médicos decidem salvar ambos de uma maneira radical: costurando a cabeça do cão ao corpo do homem. O resultado é um herói destemido, leal e com instintos afiados, pronto para combater o crime com energia e diversão.
Como todo bom herói, Dog Man precisa enfrentar um grande vilão, e a história não decepciona ao apresentar Petey, um gato maligno que pode facilmente ser considerado um dos mais perversos do cinema infantil. Com planos ardilosos e uma personalidade travessa, Petey tenta tornar a vida do protagonista um verdadeiro desafio, garantindo uma narrativa empolgante, recheada de reviravoltas e momentos hilários.
A animação tem um apelo que vai muito além do público infantil. Com um estilo vibrante e cenas dinâmicas, o filme consegue envolver espectadores de todas as idades, entregando uma história divertida e cativante. A mistura de humor inteligente e personagens carismáticos faz de “Dog Man” uma excelente opção para famílias e fãs de animação.
Se “Flow” levantou um debate sobre a superioridade dos gatos no reino animal, “Dog Man” vem com uma resposta irreverente e cheia de energia, celebrando a coragem e a lealdade dos cães de forma divertida e emocionante. Mais do que um filme, é uma homenagem à relação especial entre humanos e seus melhores amigos de quatro patas.